Política
11.08.2021
Eduardo Bolsonaro fala em fraude ao lado de Bannon nos EUA
“O terceiro filho do Trump dos trópicos” foi chamado ao palco em Sioux Fall, no estado de Dakota do Sul, por Steve Bannon, ex-estrategista da campanha trumpista. E lá foi ele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, para anunciar fraude nas eleições do ano que vem no Brasil. Aproveitou para criticar a mídia. E ainda declarou que seu pai “é o mais odiado presidente do Brasil”.
O 03 trouxe da Flórida de presente para o anfitrião dos trumpistas, Mike Lindell, um boné vermelho autografado por Trump, com quem se encontrou na segunda-feira. “Obrigado presidente, nosso real presidente”, agradeceu Lindell, dono da MyPillow, uma fábrica de travesseiros que começam a ser rejeitados pelas grandes redes de lojas dos Estados Unidos.
Depois do 03, Bannon tomou a palavra para dizer que a eleição de 2022 do Brasil “é a segunda mais importante do mundo”. E garantiu: “Bolsonaro vai ganhar a menos que ela seja roubada pelas — adivinhem? — máquinas de votar”. Ele ainda chamou Lula de “criminoso” e “o mais perigoso esquerdista do mundo”.
O encontro foi organizado por Lindell para denunciar, mais uma vez, que o presidente Biden ganhou a eleição graças à fraude, já desmentida várias vezes. Só que agora acrescentou uma novidade: ele oferece 5 milhões de dólares a quem refutar as provas que reuniu, um arquivo com o total de 37 terabytes.
Eduardo Bolsonaro contou sobre a eleição num país que pausou a contagem manual de votos e quando a retomou o candidato que estava em primeiro lugar passou para segundo. Quando lhe perguntaram se falava dos Estados Unidos, ele esclareceu: “Não, da Bolívia”. Todo cuidado do 03 faz muito sentido: toda vez que fala que Biden venceu uma fraudulenta eleição, o embaixador brasileiro em Washington quer se esconder e o Itamaraty fica constrangido.
A reunião dos trumpistas continua. Vai durar 72 horas, a partir de terça-feira, 10. (foto de Grace Dean/Insider)