Esporte

Ponto ganho, pontos perdidos

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Já falei aqui que, no começo das temporadas, as Comissões Técnicas dos times se reúnem, estudam a tabela da competição e vão dando valores aos jogos que farão: 3 significa vitória, 1, empate e 0, nem um ponto.

Com toda certeza, na avaliação feita pelos comandantes do Tricolor no começo do brasileiro, o jogo contra o América MG, no Morumbi recebeu 3 – vitória na certa.

Mas, como ensina a cultura do futebol, para vencer é preciso jogar, de preferência jogar bem, e marcar gol – de preferência, gols.

Não foi o que aconteceu com o São Paulo na noite de ontem, quanto enfrentou o meu América.

No estudo da tabela feita pelo América no começo da competição, certamente esse jogo foi assinalado como “zero”. Ou seja: vitória descartada. O que vier é lucro.

O América, portanto, teve lucro de um ponto.

AMERICASoma-se a esse ponto o também improvável ponto conseguido contra o Corinthians, na Arena Neo Química, no domingo, e eis o meu Coelho fora da Zona de Rebaixamento.

Claro que está ainda em perigo, mas já colocou o pé fora do pegajoso lodaçal. Dá um certo respiro para se preparar para o jogo de domingo contra o forte Flamengo.

Se no caso do América o empate representou um ponto ganho, para o São Paulo foram dois pontos perdidos.

E o que explica esse despenhadeiro do São Paulo que um dia joga mal e no outro pior ainda?

Já elogiei aqui o técnico Hernán Crespo no começo de seu trabalho. Um homem calmo, de postura elegante e resultados rápidos, já que conquistou o título de campeão paulista, interrompendo um amargo jejum que o Tricolor amargava há uma década.

De repente, não mais do que de repente, o time desandou.

Não acerta mais, o técnico erra na escalação e não acerta nas substituições.

Será que lá no São Paulo tem alguém que mostra esses crescentes erros ao Crespo?

Quanto ao jogo de ontem, transcrevo aqui a mensagem que me foi enviada pelo amigo Ricardo Pereira, histórico torcedor do Tricolor.

“- O Crespo me dá a sensação que perdeu a mão tanto na escalação quanto nas substituições.

– Não usou o Benitez e terminou o jogo com 3 volantes: Luan, Nestor e Liziero.

– O América teve proposta de jogo mais eficiente. Faltou alguém com mais qualidade para encostar no Zarate. Alguém mais incisivo para ganhar o jogo… mas, é a cara do Mancini.

– O goleiro do América, Mateus Cavichioli, passa a segurança que o Volpi não passa. A defesa americana jogou tranquila, a do São Paulo jogou tensa. Talvez seja por isso que é o time com mais cartão amarelo no Brasileirão. Toda bola dividida o zagueiro dá um chutão. Sinal claro de insegurança.

– Jogo sofrível. Se tivesse que ir ao Morumbi e pagar ingresso, iria reclamar no Procon!!!”

Acredito que o Ricardo Pereira, em seu comentário, traduz fielmente o desespero do são-paulino que sofre a cada jogo e vê o time se distanciando dos ponteiros da tabela.

Veja os melhores momentos deste 0 a 0:

https://youtu.be/nb9AHunTi6A

 

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