Internacional

A pandemia dos porcos

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Uma pandemia paralela à Covid-19 está crescendo na China e se espalhando pelo mundo. Chamada de “febre suína africana” e conhecida há mais de cem anos, ela não pega em humanos, mas é fatal para porcos. Até metade da criação de milhões de porcos na China, o maior produtor mundial, pode ter sido contaminada. Um primeiro caso já foi detectado na República Dominicana. Se chegar aos EUA, vai comprometer a exportação de carne suína avaliada em 7 bilhões de dólares por ano.

Falando à revista WIRED, o epidemiologista e veterinário de saúde pública da Universidade de Sidney, Michael Ward, comparou as duas pandemias de 2021: “Para a agricultura, é igual à Covid-19”. A principal diferença: para a febre suína africana ainda não existe vacina aprovada, só uma candidata que foi testada, com sucesso, em porcos vietnamitas, produzida por cientistas do departamento de pesquisa em agricultura dos Estados Unidos.

A doença é causada por um vírus espalhado por porcos selvagens e javalis. Seus sintomas, sempre os mesmos, são: febre, perda de apetite, sangramento interno e morte. A opção para os fazendeiros é matar toda a criação. Ela chegou a Europa, em 1957, nos restos de comida servida a bordo de um voo da África para Lisboa, jogada no lixo a que porcos selvagens tiveram acesso. O suspeito era um sanduíche de salame. Ficou então estabelecido que o contágio não se dava só por aproximação entre porcos, mas também através da comida, tenha sido ela cozinhada ou curada.

Ao chegar à China, em 2018, a febre suína africana matou 43 milhões de porcos, uma perda de mais de 111 bilhões de dólares. Se voltar agora, o prejuízo está avaliado em 200 bilhões de dólares.

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