Internacional

O mago que perdeu o emprego

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O conselho municipal de Christchurch, na Nova Zelândia, despediu o “mago” da cidade, Ian Brackenbury Channell, 88 anos, por não precisar mais de seus serviços. Ele ganhava 16 mil dólares por ano para fazer, como escrito no contrato de trabalho, “atos de magia”.

Channell, com seu chapéu pontiagudo preto, era o mago de Christchurch havia 23 anos. Carregava uma escadinha, na qual subia, na Praça da Catedral, e fazia discursos. A prefeitura tentou prendê-lo, mas ele se tornou, rapidamente, muito popular. Tudo servia de tema para ele, como a cor dos boxes de telefone público, boicote ao censo, a igreja da Inglaterra, os jogos de rugby e até críticas a um evangelista local. O lugar em que falava, à hora do almoço, foi transformado em tribuna livre para todos.

O cargo de mago foi oficializado porque Channell se tornou uma atração turística. Ele foi promovido a mago da Nova Zelândia pelo primeiro-ministro Mike Moore, em 1990. Em 1995, ele organizou uma cúpula de mágicos na cidade. Aí o feitiço começou a virar contra o feiticeiro. Sua casa de madeira pegou fogo. Com ela foram destruídos um livro e coleções de vídeos. O carro que ele montou, com duas metades de Volkswagen, o Wizardmobile, também foi atacado. Aí veio o terremoto de 2011 em Christchurch, que destruiu a catedral. Ele pensou em se aposentar, mas depois desmentiu notícias sobre sua aposentadoria. Agora demitido, ele acusou o conselho municipal de “cancelar a cultura” da cidade.

“São um bando de burocratas sem imaginação. Não estão pensando em maneiras de promover Christchurch no exterior. A imagem que eles (os conselheiros municipais) têm de Christchurch passa longe da autêntica herança da cidade”.

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