Internacional

O último judeu afegão é mais um em Israel

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Aquele “último judeu do Afeganistão” reapareceu em Istambul, na Turquia, onde agora espera a aprovação do consulado israelense para se tornar cidadão de Israel, pela Lei do Retorno. Zebulon Simentov, 62, disse, ao fugir de Cabul, que iria para os Estados Unidos. Seu temor não era o Talibã, mas o Estado Islâmico, que pôs homens-bomba nas orações das últimas duas sextas-feiras, matando um total de cerca de 130 fiéis.
Simentov também dizia que não iria para Israel, porque lá seria preso porque há vários anos negava o divórcio à sua ex-esposa, com a qual teve duas filhas. Este problema foi resolvido com o divórcio feito por videoconferência, no mês passado, por um rabino australiano. Não havia alternativa para Simentov: as organizações que se uniram para tirá-lo de Cabul estavam com dificuldades de lhe arrumar um visto para os Estados Unidos. Deixaram-no escondido no Paquistão, até que o trouxeram para a Turquia.
Simentov vivia numa sinagoga bastante destruída, observando a dieta e a religião judaica. Por um tempo, vendeu kebabs para os soldados americanos, depois ganhava dinheiro cobrando cada entrevista que dava, o que atraía mais e mais jornalistas.
Os judeus do Afeganistão, segundo uma lenda, seriam oriundos de tribos israelitas perdidas. Aí a presença deles poderia ser calculada em 2500 anos. Viviam em Herat e em Cabul. Em 1990, contavam-se 20 famílias judias afegãs. Em 2001, dois judeus — e eles dividiam a sinagoga, na rua da Flor. Agora, com a fuga de Simentov, nenhum.

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