Internacional

Japão: casamento real, sem realeza.

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A princesa Mako, do Japão, agora é a senhora Komuro, desde a manhã desta terça-feira, quando se casou com o plebeu Kei, numa cerimônia simples, em Tóquio, depois de um namoro de quatro anos malvisto pela maioria dos japoneses.
Mako, 30, sobrinha do atual imperador Naruhito, 85, e irmã do sucessor, hoje com 15 anos, renunciou ao dote de 1,4 milhão de dólares e vai trabalhar em Nova York, onde seu marido Kei, 30, é advogado. Ela se formou em arte e museologia na Universidade de Leicester, na Inglaterra, e trabalhou por cinco anos num museu em Tóquio.
Mako e Kei começaram a namorar quando estudavam na Universidade Cristã. Ela esperou três anos para que ele se formasse na Fordham Law School, em NY, e arrumasse o seu primeiro emprego. Ao chegar para o casamento, com tempo para se submeter à quarentena obrigatória no Japão, ele exibia um rabo de cavalo que chocou os conservadores japoneses.
O casamento não foi televisionado nem teve pompas, apenas um simples registro. Mas o casal concedeu uma entrevista coletiva desde que as perguntas fossem submetidas por escrito com antecedência. Kei a abriu, dizendo: “Eu amo Mako. Eu quero passar minha vida com a pessoa que amo”.
Um momento tumultuado na trajetória para o casamento foi quando se revelou que a mãe de Kei, viúva, devia 36 mil dólares a um ex-namorado. Daí a especulação de que o noivo, na verdade, queria enriquecer. Mas a sogra da princesa explicou, porém, que pensava que o dinheiro tinha sido um presente, e que será devolvido.
Ouvidos em pesquisa, 80 por cento dos japoneses condenaram o casamento de Mako. Não há rainhas no Japão, a mais antiga monarquia do mundo. Casando-se com plebeu, nem os filhos homens do casal entrarão na linha de sucessão.
Na entrevista à imprensa, Mako leu uma declaração: “Reconheço que existem várias opiniões sobre nosso casamento. Sinto muito pelas pessoas a quem criamos problemas. Sou grata pelas pessoas que se preocuparam silenciosamente conosco, ou por aqueles que continuaram nos apoiando sem serem influenciados por informações infundadas.”

(Foto DW)

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