Internacional
14.09.2021
O perigo de ter um presidente instável
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O PERIGO DE TER UM PRESIDENTE INSTÁVEL
Tão instável estava o presidente Trump nos últimos meses na Casa Branca, que o chefe do Estado-Maior Conjunto das forças armadas americanas, general Mark A. Milley, ligou para o comandante do exército popular chinês, general Li Zuocheng, para lhe dizer que os Estados Unidos não iriam atacar a China.
O general Milley ligou duas vezes para seu interlocutor chinês: uma, quatro dias antes das eleições, em outubro de 2020, e a outra dois dias depois da invasão do Capitólio, em Washington, DC. Nenhuma das duas conversas foram relatadas a Trump.
A revelação, e muitas outras, estão no livro Peril (Perigo), de Bob Woodward e Robert Costa, ambos do Washington Post, a ser lançado na semana que vem.
O general Milley disse ao general Li: “Você e eu nos conhecemos há cinco anos. Se formos atacar, vou te ligar antes. Não vai ser uma surpresa.” A tensão estava no ar, com declarações belicosas contra a China, por Donald Trump e, ao mesmo tempo, com exercícios militares na Ásia. Ante a invasão do Congresso, o general Milley explicou para o general Li: “A democracia pode ser desleixada, às vezes”. Em outro telefonema, com a presidente Democrata da Câmara, Nancy Pelosi, chegou-se a um consenso: o presidente passava por um declínio mental e estava instável. A diretora da CIA, Gina Haspel, chegou a dizer: “Estamos a caminho de um golpe de direita”.
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